Ela tem como base os investimentos em transporte. “Se vamos pensar em ter mais ônibus, que sejam elétricos. É uma questão ambiental, mas é também uma discussão para tornar a economia mais competitiva”, finaliza a diretora de Clima do WRI Brasil.
O País vai precisar atrair investimento privado, internacional, mas como vai fazer isso sem ‘selo’ de desenvolvimento sustentável, sem garantir que uma determinada obra não vai ter conflito socioambiental”, indaga a profissional do WRI, em entrevista ao “Estadão”.
Desenvolvimento no agronegócio
Por fim, no agronegócio, é proposto que o solo seja usado de forma mais eficiente, como exemplo, reduz a pressão sobre a Amazônia.
Outro importante investimento é recuperar overall de 12 milhões de hectares de pastagens. O cálculo é que o setor poderia ganhar R$ 19 bilhões em produtividade agrícola até 2030.
Diminuição importante na emissão de gases
As propostas de todos os setores poderiam reduzir em 42% as emissões de gases de efeito estufa no Brasil até o ano de 2025, em comparação ao ano de 2005. “Mostramos claramente que, se o Brasil optar pela transição para uma economia de baixo carbono (ou seja, que emite menos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento international), para uma recuperação verde, esse não será processo disruptivo.
Depois de sofrer os impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), o movimento de recuperação econômica pode não apenas ajudar o Brasil a melhorar sua resiliência às mudanças climáticas, caso haja maior investimento na chamada “economia sustentável” ou “economia verde”, mas também pode criar dois milhões de empregos e adicionar R$ 2,8 trilhões ao PIB do Brasil. Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) de 2019 (R$ 7,3 trilhões), isso representaria aumento de 38%.
Estes dados foram levantados no estudo “Uma Nova Economia para uma Nova Era”, realizado em conjunto pelo WRI Brasil, além da UFRJ, ex-ministros do setor financeiro do Brasil e executivos do Banco Mundial. O trabalho faz parte da Global New Climate Economy, que visa apontar formas de combinar o desenvolvimento econômico com as respostas ao aquecimento worldwide.
As propostas de todos os setores poderiam reduzir em 42% as emissões de gases de efeito estufa no Brasil até o ano de 2025, em comparação ao ano de 2005. Outro ponto que o estudo levou em conta foi que no Brasil existe uma série de políticas que pode abrir caminho para a economia verde. “Mostramos claramente que, se o Brasil optar pela transição para uma economia de baixo carbono (ou seja, que emite menos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento international), para uma recuperação verde, esse não será processo disruptivo. A diretora de Clima do WRI Brasil ainda completou: “Existe uma janela de oportunidade que se fecha em alguns meses.
Setores-chave da economia nacional
O estudo focou em três setores que são extremamente estratégicos da economia nacional, quais sejam: infraestrutura, indústria e agronegócio. O relatório aponta a evolução, caso haja investimento na área estrutural. “Uma infraestrutura de qualidade reduz os custos e impactos da degradação ambiental e permite maior resiliência a eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes”, aponta o trabalho.
Economia sustentável na indústria
Por sua vez, no setor comercial, o estudo propõe inovar a partir de tecnologias totalmente sustentáveis que possam reduzir o consumo de combustíveis fósseis.
Estes que, sem sombra de dúvidas, são os principais responsáveis pelo aquecimento worldwide.
Espera-se que as mudanças climáticas tenham impacto maior que os causados pela Covid-19. Sendo assim, vários países já estudam formas de tomar medidas que tragam benefícios, tanto econômicos, quanto climáticos ao planeta, como todo.
A diretora de Clima do WRI Brasil ainda completou: “Existe uma janela de oportunidade que se fecha em alguns meses. Os planos de recuperação vão obrigar os países a botar muito dinheiro nisso.
“Em qualquer crise, investir em infraestrutura é, em geral, o plano A para a recuperação de emprego. O País vai precisar atrair investimento privado, internacional, mas como vai fazer isso sem ‘selo’ de desenvolvimento sustentável, sem garantir que uma determinada obra não vai ter conflito socioambiental”, indaga a profissional do WRI, em entrevista ao “Estadão”.